quarta-feira, 28 de julho de 2010

DistantAmor

Posted in by Bruno Marconi da Costa | Edit

Olho-te como quem contempla
o encanto de encantar-se com a estética
da distância, ponte que nos liga;
da presença, aperto que nos afaga.

Ouço-te como quem concentra-se
Nos cantos dos pássaros livres:
De peito aberto, por quilômetros
Voam melodiando para o infinito.

Beijo-te como quem deplora
o vazio que nos separa;
Esperando o torpor-toque
do gosto salgado de tua pele.

Sinto-te como quem sonha
Relógios derretidos de Dali;
Angustiante descompasso
Não te alcançando em tempo-espaço.

Choro-te como quem espera
olhar, ouvir, beijar, sentir
Choro, também, em êxtase
Pelo abraço de acreditar nesse momento.

Enfim,
Quero em ti nossa completude
E acolhimento;
Amo-te como aquele que ama:
Eu, a ti.

6 Comments


  1. Hera Inferni says:

    Este comentário foi removido pelo autor.

    28 de julho de 2010 às 21:35

  2. Hera Inferni says:

    Maravilhoso seu poema, Bruninho. :)



    Saudades do seu TOC das bandeiras do Copacabana Palace! hsaushauhs

    Beijos

    28 de julho de 2010 às 21:36

  3. Camila Mumic says:

    Muito bonito, Bruno.
    As metáforas fazem sentido ;)... Não sei se você escreveu segundo as suas experiências ou se utiliza o "fingimento" (e nesse caso, o poema tá melhor ainda!), mas as coisas são bem por aí mesmo. De distância eu entendo =D uahuahauhauhauah

    Gostei MUITO dos "relógios derretidos de Dali" :)

    Beijão.

    28 de julho de 2010 às 22:14

  4. fernanda says:

    fingir, sim
    mentir, não.

    espero que você percorra o caminho para a distância.

    29 de julho de 2010 às 06:17

  5. Ana Maria Madeira

    Há aqui uma íris difusa e derretida que quer encontrar forma na sua.

    E a distância pode, por que não, ser um pilar da ponte do amor? Que vai do torpor ao êxtase. Da angústia ao acolhimento.

    29 de julho de 2010 às 09:08

  6. Vovó Mafalda says:

    Também amo você.

    29 de julho de 2010 às 17:48