domingo, 8 de fevereiro de 2009

Você

Posted in , , , by Bruno Marconi da Costa | Edit

Você é assim: superior e incomparável ao indiscritível brilhar de cada dia, que, como meu amor por você, o Sol ilumina de manhã e a Lua ilumina a noite. Você se envolve em desnecessárias preocupações e buscas de sentidos que acha que, quando encontrar, lhe acalmará a alma, mas não percebe que não vale a pena a caminhada.


Você sorri como um rio que contorna uma montanha por não conseguir passar por dentro dela, mas mesmo assim segue seu curso. Sorrisos raros em quantidade, e toda vez que os liberta de seu pulmão, uma vontade - que me degrada o ser - de retirá-lo de sua face e deixá-lo rindo só para mim, colado no teto do meu quarto, me domina por dentro.


Penso, sinto melhor, e vejo que seu sorriso nunca pode ser retirado do seu conjunto, pois é VOCÊ que o faz sorrir, e que me faz querer sorrir colado a ele. Separado, seria apenas mais um fragmento. Uma pétala de rosa longe de sua flor original.


E você é a rosa. "Há pessoas que choram por saber que as rosas têm espinho e há outras que sorriem por saber que os espinhos têm rosas!", já diria um dos maiores. Todos temos espinhos, e você tem vários. Mas sua flor é tão volumosa e cheia de vida que seria no mínimo burrice não segurar com toda a força na haste, para lhe cheirar mais forte o perfume que me alegra a vida.


Então, sorria mais, pois saiba que lhe guardo entre as maiores riquezas que se encontram em minha essência e existência.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Diferença entre "gosto" e "opinião".

Posted in , , , , by Bruno Marconi da Costa | Edit
De vez em quando me pego pensando sobre a questão do gosto de cada um: como existem gostos tão diferentes e como as pessoas cismam em tentar usar argumentos para justificá-los. Eu mesmo já caí e caio constantemente nessa situação (http://brunomarconiblog.blogspot.com/2008/12/o-porqu-de-sentenced-ser-minha-banda.html) que, na verdade, não sei se é errada ou não. Pretendo chegar a alguma conclusão ao final deste texto.

Não tenho conhecimentos aprofundados em psicologia para afirmar qualquer coisa sobre como o gosto vem a nós, ou como nós vamos ao gosto. Imagino eu que seja algo que guardamos inconscientemente na memória talvez na infância, essa época obscura de nossa vida, onde não sabemos exatamente o que nos influencia ou não. O que acontece é que esse gosto é obtido através da experiência individual, do que você absorve e sente durante uma série de eventos e fenômenos que acabamos por durante toda nossa existência. Não creio que seja preciso dar argumentos sobre os seus gostos, sejam eles musicais, de literatura, de pintura, programa de televisão ou de escola de cinema.

As opiniões, por outro lado, devem ser cuidadosamente escolhidas e raciocinadas. Podemos gostar muito da pintura de um artista, porém não compartilhar da mesma opinião e ponto de vista que aquele próprio artista mostra em sua obra. A opinião deve ser racional, pois é o que vamos defender no andar da vida e será sempre pedida pelas pessoas à sua volta. Já o gosto, não. É algo pessoal, mesmo que influenciado, sempre, por critérios externos.

Opinião e gosto se tocam e se transformam no contato, óbvio, mas é preciso diferenciar os dois claramente. Você pode gostar de 50 Cent e não concordar com espancamento de mulheres ou o sexismo, por exemplo. Creio que essa racionalização dos gostos se dá devido ao grande cientificismo da sociedade atualmente: tudo tem que ser explicado, argumentado, se não você está ERRADO, sendo que certo e errado não são entidades que existem previamente à própria sociedade.

Por isso, se você quiser gostar de funk, rap, emo, metal, rock'n roll, romantismo, renascimento, Big Brother, Faustão, filmes cult ou não, não tem necessidade de se explicar para ninguém. Só tome cuidado ao tomar a opinião dos criadores de tais objetos, pois essas opiniões compartilhadas sim, você tem a maior responsabilidade e vai responder por elas no futuro.