Em sursis.
Com o mundo que muda, o resto cria ruga.
Seguramos nossos dedos,
com o doce passar das tardes.
A noitinha começa a cair e,
com um leve esfriamento penumbrioso,
parece acolher-nos em alívio imediato.
Chega a noite vazia:
Nossos dedos não estão mais tão fortes.
Lutam entre si, tentando se apertar.
A madrugada esfria,
O apertar dos dedos não faz mais tanto sentido
A luta começa a esvair-se
Como machucados que curam rápido demais.
Quando tudo parece estar perdido,
E os dedos encostam-se apenas por uma célula...
A manhã chega,
e
lentamente
os dedos
apertam-se.