Em pé, na estrada, te desejo;   
Na viagem dos dias, me destrói o peito.    
Sem ar, canso por esquecimento    
Do cambaleante peso que contempla a luta.
De joelhos, na taverna, te maldigo;   
Numa prece caótica, me completa.    
Forçado é o riso, mas perenes    
São as cicatrizes que me levam.
Sentado, na cama, te espero;   
Entre as sobras do desespero, uma esperança.    
Nos meus olhos fundos, sem mordaça    
Nas memórias de onde fui e do que eu era.
Tu és a adaga comemorativa   
Das batalhas que travei por 10.000 anos.    
Lutei; fui derrotado;    
Saltei como cavalo e me arrastei como rei;    
No fim    
Venci.
