domingo, 12 de setembro de 2010

PróximAmor

Posted in by Bruno Marconi da Costa | Edit

Nas madrugadas de sonho materializado,
Imagens encontradas na cama desfeita:
Erotiza nossas mentes sua luz
Que brilha nos meus olhos radiante.

Em cada centímetro sinto-lhe inteira,
Toco sua pele que é doce e lisa.
Movendo-te de maneira imprecisa;
Caótico deitar por sobre seu leite-leito.

Em cada palavra tua proferida
Não ouço juras ou promessas vazias:
Afogo-me em sentimento transbordando alegrias
Em que cada tom que seus labios poetizam...
(poetizam, também, em gemidos).

Solto em sua nuca, odor de rosas
Presos para sempre na memória.
Seus cabelos, castanhos chocolates
Esvoaçantes cheiros me afrodiziam.

Que paradoxo é sentir-te a língua!
Desliza em mim como bola de chiclete.
Degusto o passeio em sua pele, que é doce
Misturada ao seu salgado suor
(que também é doce)

Tornou-se, então, o longe aproximado,
Perante as luzes de todos os meus sentidos.
Não imagino mais uma projeção, não:
Agora sei que amo-te
Na completude inteira
De cada momento
Nosso.

1 comentáriosPróximAmor


  1. Ana Maria Madeira

    Aqui não é lugar para escrever o tipo de coisa que se segue. Mas nenhum outro veículo de comunicação (ou de amor, tanto faz) aceitou minha pauta.


    Respiração traduzida em proximidade por amante não-especialista.

    Respirar não significa existir. Só existe aquele que ama. E amar não é respirar o outro, lhe enfiando pelas narinas o CO2 produzido. É compartilhar a energia, esse outro produto de respirações que coexistem em ritmo.

    Ritmadamente mesmo em movimentos caóticos, que aceleram a respiração, transmutando-a em voz, uma poesia audível nos gemidos e visível nos lábios abertos e olhos apertados.

    Amor é quando a respiração do outro não incomoda e dá coragem para seguir viagem quando as noites distantes vêm. Confiança que cria a vontade de que venha a próximamor, a próxima e depois a próxima (vivência)... Suspiro.

    A proximidade pode ser traduzida no turbilhão mais aconchegante e pacífico já vivido – a movimentação vital de cada célula que sinto de ti e em ti, completa.

    12 de setembro de 2010 às 21:26