Olho-te como quem contempla
o encanto de encantar-se com a estética
da distância, ponte que nos liga;
da presença, aperto que nos afaga.
Ouço-te como quem concentra-se
Nos cantos dos pássaros livres:
De peito aberto, por quilômetros
Voam melodiando para o infinito.
Beijo-te como quem deplora
o vazio que nos separa;
Esperando o torpor-toque
do gosto salgado de tua pele.
Sinto-te como quem sonha
Relógios derretidos de Dali;
Angustiante descompasso
Não te alcançando em tempo-espaço.
Choro-te como quem espera
olhar, ouvir, beijar, sentir
Choro, também, em êxtase
Pelo abraço de acreditar nesse momento.
Enfim,
Quero em ti nossa completude
E acolhimento;
Amo-te como aquele que ama:
Eu, a ti.
Hera Inferni says:
28 de julho de 2010 às 21:35
Hera Inferni says:
Maravilhoso seu poema, Bruninho. :)
Saudades do seu TOC das bandeiras do Copacabana Palace! hsaushauhs
Beijos
28 de julho de 2010 às 21:36
Camila Mumic says:
Muito bonito, Bruno.
As metáforas fazem sentido ;)... Não sei se você escreveu segundo as suas experiências ou se utiliza o "fingimento" (e nesse caso, o poema tá melhor ainda!), mas as coisas são bem por aí mesmo. De distância eu entendo =D uahuahauhauhauah
Gostei MUITO dos "relógios derretidos de Dali" :)
Beijão.
28 de julho de 2010 às 22:14
fernanda says:
fingir, sim
mentir, não.
espero que você percorra o caminho para a distância.
29 de julho de 2010 às 06:17
Ana Maria Madeira
Há aqui uma íris difusa e derretida que quer encontrar forma na sua.
E a distância pode, por que não, ser um pilar da ponte do amor? Que vai do torpor ao êxtase. Da angústia ao acolhimento.
29 de julho de 2010 às 09:08
Vovó Mafalda says:
Também amo você.
29 de julho de 2010 às 17:48